Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC)
O acidente vascular encefálico ou cerebral (AVC) é o tipo é a segunda maior causa de morte no mundo em pessoas acima de 60 anos e a principal causa de incapacidade no Brasil na população adulta. Vale ressaltar que o AVC pode ocorrer em qualquer faixa etária e, embora mais frequente, não é uma exclusividade de idosos.
O AVC isquêmico é o tipo mais comum de AVC e acontece quando um dos vasos do cérebro fia obstruído, impedindo a passagem de sangue e levando a morte dos neurônios daquela região.
No AVC isquêmico, o entupimento ocorre, geralmente, por um trombo ou uma placa de gordura. O trombo pode ser formado no coração, em decorrência de uma arritmia ou outras alterações cardíacas, ou mesmo na parede de artérias associado à presença de placas de gordura (ateroma), que são formadas mais frequentemente nos vasos de pessoas com hipertensão, diabetes, dislipidemia (colesterol alto) e/ou tabagismo.
O reconhecimento dos sintomas de AVC é fundamental para instituição precoce de tratamento para prevenir sequelas.
Os principais sinais associados a um AVC são:
- Perda de força em um lado do corpo;
- Boca torta e/ou dificuldade para falar;
- Incoordenação, desequilíbrio;
- Visão dupla, perda visual;
- Perda de sensibilidade de um lado do corpo;
- Dor de cabeça intensa súbita;
- Convulsão.
Quando se identifica algum desses sintomas, deve-se procurar atendimento médico o mais rápido possível, principalmente em ambiente hospitalar onde há equipe treinada no atendimento do AVC agudo (no site www.redebrasilavc.org.br é possível encontrar onde há um serviço de referência para a assistência ao AVC na sua região).
- As opções de tratamento variam de acordo com o tipo de AVC e o tempo do início dos sintomas. Para todos os tipos de AVC, a internação em unidade de terapia intensiva ou unidades de AVC é o que mais reduz a mortalidade;
- Para o AVC isquêmico, existem opções terapêuticas para retirar a obstrução do vaso cerebral, mas para isso é necessário que o tratamento seja instituído precocemente;
- Nas primeiras 4 horas e meia do início dos sintomas, é possível administrar, quando não há contraindicações, uma medicação que dissolva o trombo (trombólise química);
- Nas primeiras 6 horas, e em raros casos em até 24 horas, é possível fazer um procedimento para retirar o trombo por dentro do vaso (endovascular – “trombectomia mecânica”).
A prevenção do AVC baseia-se nas orientações de hábitos de vida saudáveis e controle de fatores de risco cardiovasculares (hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, tabagismo, etc).
Prática de atividade física regular, alimentação saudável e vida menos estressante são orientações para todos nós, desde o mais jovem ao mais idoso. Já para aqueles que já tenham sido diagnosticados com algum fator de risco cardiovascular, o tratamento desses fatores de risco, de forma rigorosa, é fundamental.
O que causa o AVC isquêmico?
O AVC isquêmico surge quando um dos vasos do cérebro fica obstruído e, por isso, o sangue não consegue passar e alimentar as células cerebrais com oxigênio e nutrientes. Essa obstrução pode acontecer de duas formas diferentes:
- Bloqueio por um coágulo: é mais comum em idosos ou pessoas com problemas cardíacos, especialmente fibrilação atrial;
- Estreitamento do vaso por placas de gordura: geralmente acontece em pessoas com pressão alta descontrolada, tabagistas e diabéticos.
Qual a diferença entre AVC isquêmico ou hemorrágico?
Ao contrário do AVC isquêmico, o AVC hemorrágico é mais raro e acontece quando um vaso no cérebro rompe levando a um sangramento e formação de coagulo dentro do cérebro.
O AVC hemorrágico é mais comum em pessoas com pressão alta descontrolada, que estão tomando anticoagulantes, portadores de aneurismas cerebrais, malformações arteriovenosas ou demais doenças vasculares do cérebro.
Quais são os fatores de risco para o AVC isquêmico?
O tabagismo, altas taxas de colesterol e triglicérides, sedentarismo e doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e arritmias cardíacas são os principais fatores de risco.
Como prevenir?
- É indispensável o controle da pressão arterial, do diabetes e dos níveis de colesterol no sangue;
- Os pacientes que apresentam alguma doença cardíaca devem fazer acompanhamento médico regular;
- Todos devem praticar exercícios físicos regulares orientados por um profissional e manter uma alimentação equilibrada.