Embolização de Tumores Cerebrais

A embolização de tumores hipervascularizados cerebrais e da cabeça e pescoço tornou-se um complemento importante para o tratamento cirúrgico destes tumores.

O procedimento resulta na redução da morbidade e mortalidade, e facilita a remoção cirúrgica de muitos destes tumores.

Em tumores que não são passíveis de tratamento cirúrgico, a embolização pode, ocasionalmente, ser utilizado como o modo primário de tratamento.


Sintomas

  • Dor de cabeça;
  • Visão turva e embaçada;
  • Convulsões;
  • Náuseas e vômitos sem causa aparente;
  • Falta de equilíbrio;
  • Alterações no humor e no comportamento;
  • Dormência, formigamento ou fraqueza em uma parte do corpo;
  • Sonolência excessiva.

Indicações

As indicações para a embolização incluem o seguinte:

  • Controlar os alimentadores arteriais cirurgicamente inacessíveis;
  • Diminuir a morbidade cirúrgica, reduzindo a perda de sangue;
  • Encurtar o tempo do procedimento operatório;
  • Aumentar as chances de ressecção cirúrgica completa;
  • Diminuir o risco de danos para o tecido normal adjacente;
  • Permitir uma melhor visualização do campo cirúrgico, com diminuição global das complicação cirúrgica.

Procedimento

A embolização dos tumores do sistema nervoso é uma técnica minimante invasiva onde não é necessário a abertura do crânio do paciente para o tratamento da lesão.

A cirurgia é feita por via endovascular, ou seja, por dentro das artérias e das veias. Para tal, é necessário realizar uma punção de uma artéria na perna do paciente, na altura da virilha (artéria femoral) ou no braço (artéria radial ou braquial) e levar um microcateter até a região da lesão e então realizar a sua oclusão das artérias que irrigam o tumor.

Para realizar a oclusão das artérias que irrigam o tumor utilizamos agentes embólicos (cola ou partículas) que irão preencher as artérias nutrem o tumor levando a uma desvascularização da lesão e, portanto, facilitando a posterior abordagem cirúrgica aberta para a retirada do tumor.

Existem diversos tipos de agentes embólicos que são capazes de levar a uma redução ou interrupção da circulação do tumor cerebral. A escolha do material mais adequado vai depender das características da lesão, do paciente e do tipo de cirurgia que será realizada posteriormente, portanto, a escolha da melhor técnica de embolização é individualizada. Nenhuma incisão cirúrgica é necessária, apenas um pequeno furo na pele que não precisa de curativos especiais.


Dúvidas Frequentes

Diversos tipos de tumores cerebrais e da cabeça e pescoço são hipervascularizados e portanto passiveis de embolização pré-operatória para a diminuição da perda sanguínea durante a cirurgia e para aumentar a taxa de ressecção máxima da lesão.

Os tumores mais comumente embolizados são os meningiomas, hemagioblastomas, nasoangiofibromas, glomus jugular e hemagiomas.

A embolização é realizada através da oclusão das artérias que irrigam o tumor com um agente liquido embolizante (uma espécie de cola) ou agente sólido emoblizante (partículas). Esses agentes embolizantes são injetados através de pequenos cateteres (microcateteres) que são inseridos nas artérias da perna (artéria femoral) ou do braço (artéria radial ou braquial) do paciente e são levados pelo neurocirurgião endovascular ou neurorradiologista intervencionista até o nível do tumor.

A embolização dos tumores cerebrais e da cabeça e pescoço é realizada sob anestesia geral.

Todo procedimento médico contempla alguns riscos. Entretanto, de modo geral, os métodos intervencionistas são aqueles que apresentam os menores índices de complicações.

Dos riscos possíveis, os principais são observados no local da punção na virilha ou no punho, como por exemplo um hematoma.

Complicações mais graves como isquemia cerebral, perda visual e hemorragia cerebral podem ocorrer mas são eventos muito raros.